domingo, 28 de setembro de 2014

BRINQUEDOS CONDIZENTES COM A IDADE

Foto: Presença do movimento na educação infantil ; idéias e práticas correntes

Para a criança pequena o movimento é algo mais do que mecânico. É uma forma de expressão e comunicação através dos gestos faciais e da utilização do corpo. Quanto mais nova a criança, necessita mais dos adultos para a compreensão dos seus gestos para o atendimento de suas satisfações e necessidades e já a partir do momento em que a criança vai crescendo passa a tornar-se cada vez mais independente.
No início do desenvolvimento da criança, predomina a dimensão subjetiva da motricidade que se torna eficaz com pessoas das quais ela interage diretamente, a partir do momento em que a criança vai crescendo ela ganha autonomia para interagir diretamente.
Os pais e os adultos que interagem diretamente com o bebê tem a grande responsabilidade em identificar os significados dos seus movimentos e essa identificação tornará possível através das observações no cotidiano.
 A primeira função da motricidade é a expressão das necessidades, desejos e estados, isso ocorre não apenas no bebê, como em crianças maiores através das brincadeiras.
O corpo é um importante meio para expressar os sentimentos, inclusive até nos adultos em expressões faciais através das falas, gestos entre outros que varia de cultura para cultura.
O trabalho pedagógico deve respeitar a expressividade e o movimento próprio da criança, pois um grupo disciplinado onde todos participam com envolvimento e mobilidade nas atividades propostas o que irá facilitar o professor planejar melhor a sua aula e não interpretado meramente como falta de disciplina.

Para ver este artigo na íntegra ecesse: http://goo.gl/YoxKat

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No início da vida a brincadeira é, principalmente, exercício dos sentidos e imitação. A oferta e a escolha de brinquedos adequados representam hoje um verdadeiro problema. As crianças são literalmente soterradas sob um monte de brinquedos industrializados sofisticados, considerados especialmente adequados para ela. Entretanto, quem já observou uma criança brincando, mergulhada em seu próprio mundo, constata quão pouco essa atividade está relacionada com essa oferta de brinquedos.
Brincar é a tendência de a criança tornar-se ativa em seu ambiente. Ela faz o que vê os outros fazer. Com dois anos de idade, mexe entusiasmada com um pauzinho no chão e cozinha uma sopa, como a mãe. Tal qual esta, também quer mexer nos ‘botões’ quando ela está utilizando algum aparelho eletrodoméstico. Além disso, também quer fazer ‘clique’ quando o pai tira fotografias em sua presença. Quer examinar os pratos que, antes das refeições, fazem um barulho tão alegre ao serem retirados do armário.

Ela vivencia a realização em sua atividade, e não na contemplação de uma boneca de plástico perfeita ou de uma caricatura de um animal. Numa boneca sem rosto, ou com apenas três pontos dando a indicação da fisionomia, a fantasia infantil cria o que está faltando. A boneca ri, chora, fica zangada ou com sono. Bonecas que sorriem eternamente ou até ‘falam’ geram imagens persistentes desprovidas de veracidade, estagnando a fantasia.

Qual é, então, o brinquedo adequado? No primeiro ano de vida, por exemplo, uma boneca cuja confecção seja a mais simples possível: um pequeno retalho de seda, em cujo centro se coloca um chumaço de lã de carneiro lavada e bem desfiada depois de seca, o qual adquire uma forma redonda (a cabeça) quando envolvido com o tecido e amarrado com um fio, enquanto se dão nós nas pontas laterais, que são as mãos. Mais tarde a boneca pode ser de madeira, e pode ser deitada ou colocada em pé; depois, ainda, uma boneca de flanela macia etc. Na verdade, o brinquedo adequado é todo objeto que desperta uma atividade intensa na criança, representando tão pouco por si mesmo que ela possa equipá-lo com sua imaginação e determiná-lo sempre de outra maneira. Um dedo, no qual se possa observar os movimentos e tudo o que ele sabe fazer, pode ser um brinquedo. Igualmente a ponta de um travesseiro, a qual pode ser dobrada ou afundada. Brinquedo é uma caixinha que se abre e fecha e na qual se podem colocar objetos e tirá-los outra vez. Brinquedo também é um pedacinho de madeira com o qual se possa bater na mesa, explorando os ruídos. Mais tarde, é uma torneira ou uma tampa de garrafa, com a qual se possa pegar água e criar um lago; também uma panela na qual se batuque com uma colher de pau é interessante, ou uma bola colorida de tricô recheada com lã de carneiro, que possa ser empurrada, jogada ou embrulhada; pequenos panos coloridos, com os quais se possa cobrir e novamente descobrir todo tipo de coisas.
Por que é tão importante que o pai, a mãe, os tios e os avós dêem de presente bons brinquedos? Porque os brinquedos habituais, perfeitos, inventados para as crianças, não deixam espaço para a imaginação infantil. Além disso, o material, as cores e as formas da maioria deles geralmente pecam contra o sentido de realidade e contra a sensibilidade estética. As requintadas possibilidades de movimento e os efeitos luminosos dos brinquedos técnicos fazem da criança uma mera espectadora, em vez de colocá-la em atividade. Na brincadeira, trata-se de dar à criança a possibilidade de desenvolver sadiamente seu corpo pela atividade própria e pela fantasia livre e criativa.
 Extraído de M. Glöckler e W. Goebel, Consultório Pediátrico
Tradução: Sonia Setzer
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2 comentários:

  1. Que legal, pro Rafa! Aqui em casa, sucesso mesmo é quando eu trago rua caixas de papelão! Parece nada, né? Mas são tantas as possibilidades, que a brincadeira dura enquanto durarem as caixas. Um beijo! Tatiana Storch - mãe de Luiz, Zé e Marina.

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  2. E com isso estamos proporcionando as crianças utilizarem a criatividade! Beijo!

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