domingo, 4 de maio de 2014

Minha humilde homenagem ao centenário de Dorival Caymmi!

 
Vamos falar de Caymmi!
 
Caymmi é uma rosa de abril, dessas que não morrem nunca, desabrochando sempre como um doce acalanto em nossa memória musical e afetiva. 

Acontece que ele era baiano e trazia em sua poesia tradições de sua terra, imagens tão bonitas que não precisava dormir pra sonhar. 

Os sambas de Caymmi têm um remelexo singular , um dengo que deixa a gente mole. E as mulheres- personagens de tantas canções? Doralice, Marina, Adalgisa, Gabriela, Dora, Rosa Morena, Maricotinha, Francisca dos Santos Flores... todas elas cantadas e reverenciadas com doses de sensualidade sem descambar para a futilidade...coisas de uma nobreza do tempo do imperador! Diferente do que há hoje!

Caymmi de muitas canções praieiras, telas vivazes reproduzidas nos graves de sua voz e acordes de seu violão. Nosso Buda Nagô chamava o vento, e este vinha ao seu encontro trazendo o mar, a lagoa do Abaeté, o bem do mar, a rainha do mar... numa suíte de pescadores como um milagre!
 

Dorival era todo amor, nem eu nem você saberíamos amar assim! Só louco para não reverenciá-lo, admirá-lo como uma das grandes personalidades genuinamente brasileira.

Não tem solução, outro igual a ele? Nunca mais! Caymmi fez sua viagem e deixou muita saudade, mas permanece e aparece de repente, vindo de Maracangalha e nos convidando para uma festa de rua, ou então a visitarmos sua Bahia ainda viva, seguindo o roteiro do mar infinito que é sua obra.
 
 
 
 
Fotos e Vídeos: Internet.
Música Canoeiro: Dorival Caymmi.
 Texto: Prof. Andréia Zacarias (São Paulo)

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